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LFCS #4: Como particionar dispositivos de armazenamento no Linux


A Linux Foundation lançou a certificação LFCS (Linux Foundation Certified Sysadmin), uma excelente oportunidade para administradores de sistemas mostrarem, por meio de um exame baseado em desempenho, que podem executar tarefas operacionais gerais. suporte a sistemas Linux: suporte ao sistema, diagnóstico e monitoramento de primeiro nível, além de escalonamento de problemas – se necessário – para outras equipes de suporte.

Tenha em atenção que as certificações da Linux Foundation são precisas, totalmente baseadas no desempenho e estão disponíveis através de um portal online a qualquer hora e em qualquer lugar. Assim, você não precisa mais se deslocar até um centro de exames para obter as certificações necessárias para estabelecer suas habilidades e conhecimentos.

A série será intitulada Preparação para o LFCS (Linux Foundation Certified Sysadmin) Partes 1 a 33 e cobrirá os seguintes tópicos:

Part 1

Como usar o comando ‘Sed’ para manipular arquivos no Linux

Part 2

Como instalar e usar Vi/Vim no Linux

Part 3

Como compactar arquivos e diretórios e localizar arquivos no Linux

Part 4

Particionamento de dispositivos de armazenamento, formatação de sistemas de arquivos e configuração de partição swap

Part 5

Montar/desmontar sistemas de arquivos locais e de rede (Samba e NFS) no Linux

Part 6

Montando Partições como Dispositivos RAID – Criando e Gerenciando Backups do Sistema

Part 7

Gerenciando processos e serviços de inicialização do sistema (SysVinit, Systemd e Upstart

Part 8

Como gerenciar usuários e grupos, permissões de arquivo e acesso Sudo

Part 9

Gerenciamento de pacotes Linux com Yum, RPM, Apt, Dpkg, Aptitude e Zypper

Part 10

Aprendendo scripts básicos de shell e solução de problemas de sistema de arquivos

Part 11

Como gerenciar e criar LVM usando os comandos vgcreate, lvcreate e lvextend

Part 12

Como explorar o Linux com documentações e ferramentas de ajuda instaladas

Part 13

Como configurar e solucionar problemas do Grand Unified Bootloader (GRUB)

Part 14

Monitore o uso de recursos dos processos do Linux e defina limites de processos por usuário

Part 15

Como definir ou modificar parâmetros de tempo de execução do kernel em sistemas Linux

Part 16

Implementando controle de acesso obrigatório com SELinux ou AppArmor no Linux

Part 17

Como definir listas de controle de acesso (ACLs) e cotas de disco para usuários e grupos

Part 18

Instalando serviços de rede e configurando inicialização automática na inicialização

Part 19

Um guia definitivo para configurar um servidor FTP para permitir logins anônimos

Part 20

Configure um servidor DNS de cache recursivo básico e configure zonas para domínio

Part 21

Como instalar, proteger e ajustar o desempenho do servidor de banco de dados MariaDB

Part 22

Como instalar e configurar o servidor NFS para compartilhamento do sistema de arquivos

Part 23

Como configurar o Apache com hospedagem virtual baseada em nome com certificado SSL

Part 24

Como configurar um firewall Iptables para permitir acesso remoto a serviços no Linux

Part 25

Como transformar um Linux em um roteador para lidar com o tráfego de forma estática e dinâmica

Part 26

Como configurar sistemas de arquivos criptografados e trocar usando a ferramenta Cryptsetup

Part 27

Como monitorar o uso do sistema, interrupções e solucionar problemas de servidores Linux

Part 28

Como configurar um repositório de rede para instalar ou atualizar pacotes

Part 29

Como auditar o desempenho, a segurança e a solução de problemas da rede

Part 30

Como instalar e gerenciar máquinas virtuais e contêineres

Part 31

Aprenda os fundamentos do Git para gerenciar projetos com eficiência

Part 32

Guia para iniciantes na configuração de endereços IPv4 e IPv6 no Linux

Part 33

Um guia para iniciantes para criar ligações e pontes de rede no Ubuntu

Este post é a Parte 4 de uma série de 33 tutoriais, aqui nesta parte abordaremos o particionamento de dispositivos de armazenamento, formatação de sistemas de arquivos e configuração de partição swap, que são necessários para o exame de certificação LFCS.

Particionando dispositivos de armazenamento no Linux

O particionamento é um meio de dividir um único disco rígido em uma ou mais partes ou “fatias” chamadas partições. Uma partição é uma seção de uma unidade tratada como um disco independente e que contém um único tipo de sistema de arquivos, enquanto uma tabela de partição é um índice que relaciona essas seções físicas do disco rígido às identificações de partição.

No Linux, a ferramenta tradicional para gerenciar partições MBR (até ~2009) em sistemas compatíveis com IBM PC é o comando fdisk. Para partições GPT (~2010 e posteriores) usaremos gdisk. Cada uma dessas ferramentas pode ser invocada digitando seu nome seguido do nome do dispositivo (como /dev/sdb).

Gerenciando partições MBR com fdisk

Abordaremos o fdisk primeiro.

fdisk /dev/sdb

Um prompt aparece solicitando a próxima operação. Se não tiver certeza, você pode pressionar a tecla ‘m‘ para exibir o conteúdo da ajuda.

Na imagem acima, as opções utilizadas com mais frequência estão destacadas. A qualquer momento, você pode pressionar ‘p‘ para exibir a tabela de partições atual.

A coluna Id mostra o tipo de partição (ou ID da partição) que foi atribuído pelo fdisk à partição. Um tipo de partição serve como um indicador do sistema de arquivos, a partição contém ou, em palavras simples, a forma como os dados serão acessados nessa partição.

Observe que um estudo abrangente de cada tipo de partição está fora do escopo deste tutorial – já que esta série se concentra no exame LFCS, que é baseado em desempenho.

Uso do comando fdisk

Algumas das opções usadas pelo fdisk são as seguintes:

  • Você pode listar todos os tipos de partição que podem ser gerenciados pelo fdisk pressionando a opção ‘l‘ (l minúsculo).
  • Pressione ‘d‘ para excluir uma partição existente. Se mais de uma partição for encontrada na unidade, será perguntado qual delas deve ser excluída.
  • Insira o número correspondente e pressione 'w' (gravar modificações na tabela de partição) para aplicar as alterações.

No exemplo a seguir, excluiremos /dev/sdb2 e depois imprimiremos (p) a tabela de partições para verificar as modificações.

Pressione 'n' para criar uma nova partição e, em seguida, 'p' para indicar que será uma partição primária. Finalmente, você pode aceitar todos os valores padrão (nesse caso a partição ocupará todo o espaço disponível) ou especificar um tamanho como segue.

Se o Id da partição que o fdisk escolheu não for o correto para nossa configuração, podemos pressionar ‘t’ para alterá-lo.

Quando terminar de configurar as partições, pressione ‘w‘ para enviar as alterações para o disco.

Gerenciando partições GPT com gdisk

No exemplo a seguir, usaremos /dev/sdb.

gdisk /dev/sdb

Devemos observar que gdisk pode ser usado para criar partições MBR ou GPT.

A vantagem de usar o particionamento GPT é que podemos criar até 128 partições no mesmo disco cujo tamanho pode ser da ordem de petabytes, enquanto o tamanho máximo para MBR partições é de 2 TB.

Observe que a maioria das opções em fdisk são as mesmas em gdisk. Por esse motivo, não entraremos em detalhes sobre eles, mas aqui está uma captura de tela do processo.

Formatando sistemas de arquivos no Linux

Depois de criarmos todas as partições necessárias, devemos criar sistemas de arquivos. Para descobrir a lista de sistemas de arquivos suportados em seu sistema, execute o seguinte comando ls.

ls /sbin/mk*

O tipo de sistema de arquivos que você deve escolher depende dos seus requisitos. Você deve considerar os prós e os contras de cada sistema de arquivos e seu próprio conjunto de recursos. Dois atributos importantes a serem procurados em um sistema de arquivos são.

  • Suporte para registro em diário, que permite uma recuperação de dados mais rápida em caso de falha do sistema.
  • O suporte ao Security Enhanced Linux (SELinux), de acordo com o wiki do projeto, é “um aprimoramento de segurança do Linux que permite aos usuários e administradores mais controle sobre o controle de acesso”.

Em nosso próximo exemplo, criaremos um sistema de arquivos ext4 (suporta registro em diário e SELinux) denominado Tecmint em /dev/sdb1, usando mkfs, cuja sintaxe básica é.

mkfs -t [filesystem] -L [label] device
or
mkfs.[filesystem] -L [label] device

Criando e usando partições swap

As partições swap são necessárias se precisarmos que nosso sistema Linux tenha acesso à memória virtual, que é uma seção do disco rígido designada para uso como memória quando a memória principal do sistema (RAM) estiver totalmente em uso.

Por esse motivo, uma partição swap pode não ser necessária em sistemas com RAM suficiente para atender a todos os seus requisitos; entretanto, mesmo nesse caso, cabe ao administrador do sistema decidir se deve usar uma partição swap ou não.

Uma regra simples para decidir o tamanho de uma partição swap é a seguinte.

A troca geralmente deve ser igual a 2x RAM física para até 2 GB de RAM física e, em seguida, uma 1x RAM física adicional para qualquer quantidade acima de 2 GB, mas nunca menos que 32 MB.

Então se:

M=Quantidade de RAM em GB, e S=Quantidade de swap em GB, então

If M < 2
	S = M *2
Else
	S = M + 2

Lembre-se de que esta é apenas uma fórmula e que somente você, como administrador de sistema, tem a palavra final quanto ao uso e tamanho de uma partição swap.

Para configurar uma partição swap, crie uma partição regular conforme demonstrado anteriormente com o tamanho desejado. Em seguida, precisamos adicionar a seguinte entrada ao arquivo /etc/fstab (X pode ser b ou c).

/dev/sdX1 swap swap sw 0 0

Finalmente, vamos formatar e habilitar a partição swap.

mkswap /dev/sdX1
swapon -v /dev/sdX1

Para exibir um instantâneo da(s) partição(ões) swap.

cat /proc/swaps

Para desabilitar a partição swap.

swapoff /dev/sdX1

Para o próximo exemplo, usaremos /dev/sdc1 (=512 MB, para um sistema com 256 MB de RAM) para configurar uma partição com fdisk que usaremos como swap, seguindo as etapas detalhadas acima. Observe que especificaremos um tamanho fixo neste caso.

Conclusão

A criação de partições (incluindo swap) e a formatação de sistemas de arquivos são cruciais em seu caminho para a administração de sistemas. Espero que as dicas fornecidas neste artigo o orientem para atingir seus objetivos. Sinta-se à vontade para adicionar suas próprias dicas e ideias na seção de comentários abaixo, para o benefício da comunidade.

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