20 comandos de terminal obrigatórios para novos usuários do Linux
Então, você está planejando mudar do Windows para o Linux ou mudou recentemente para o Linux? Ops! O que estou perguntando? Por que mais você estaria aqui?
Na minha experiência anterior como novato, os comandos e terminais do Linux eram bastante intimidantes. Eu estava preocupado com os comandos e me perguntava até que ponto precisava lembrá-los e memorizá-los para me tornar proficiente e totalmente funcional com o Linux.
Sem dúvida, a documentação on-line, os livros sobre Linux, as páginas de manual e a comunidade de usuários forneceram assistência significativa.
No entanto, acredito fortemente que deveria haver um artigo apresentando comandos básicos do Linux em uma linguagem fácil de aprender e compreendida.
Essas motivações me inspiraram a dominar o Linux e torná-lo mais fácil de usar. Este artigo é um passo em direção a esse objetivo.”
1. Comando ls
O comando 'ls' significa 'List Directory Contents', que é usado para exibir o conteúdo da pasta, sejam eles arquivos ou subpastas, da qual o comando é executado.
ls
O comando ‘ls -l’ lista o conteúdo da pasta em um formato de listagem longo e detalhado.
ls -l
O comando ‘ls -a‘ lista o conteúdo de uma pasta, incluindo arquivos ocultos que começam com '.'
.
ls -a
No Linux, um nome de arquivo começando com '.'
é considerado oculto. No Linux, cada arquivo, pasta, dispositivo ou comando é tratado como um arquivo.
O resultado do comando ls -l é:
- Tipo de arquivo – O primeiro caractere representa o tipo de arquivo (
'-'
para um arquivo normal,'d'
para um diretório,'l'
para um link simbólico, etc.). - Permissões – Os próximos nove caracteres representam as permissões do arquivo para o proprietário, grupo e outros. Esses caracteres podem incluir
'r'
para leitura,'w'
para gravação e'x'
para permissões de execução. - Número de links – Indica o número de links físicos que apontam para o arquivo ou diretório.
- Proprietário e Grupo – Especifica o usuário (proprietário) e grupo associado ao arquivo ou diretório.
- Tamanho do arquivo – Mostra o tamanho do arquivo em bytes.
- Hora da modificação – Exibe a data e hora em que o arquivo ou diretório foi modificado pela última vez.
- Nome do arquivo ou diretório – O nome real do arquivo ou diretório.
Para mais exemplos de comandos “ls”, leia nossa série de artigos:
2. Comando lsblk
O comando ‘lsblk’, abreviação de ‘List Block Devices,’ exibe os dispositivos de bloco por seus nomes atribuídos (excluindo RAM) em um formato de árvore na saída padrão.
lsblk
O comando ‘lsblk -l’ lista os dispositivos de bloco em uma estrutura de ‘lista’ em vez de em forma de árvore.
lsblk -l
lsblk é uma maneira muito útil e fácil de identificar o nome do novo dispositivo USB que você acabou de conectar, especialmente quando você precisa trabalhar com discos ou blocos no terminal.
3. Comando md5sum
O 'md5sum' significa 'Computar e Verificar MD5 Message-Digest'. A soma de verificação MD5 (comumente chamada de ‘hash‘) é usada para combinar ou verificar a integridade de arquivos que podem ter sido alterados devido a uma transferência de arquivo defeituosa, erro de disco ou interferência não maliciosa.
md5sum teamviewer_linux.deb
47790ed345a7b7970fc1f2ac50c97002 teamviewer_linux.deb
O usuário pode comparar o md5sum gerado com o fornecido oficialmente. MD5sum é considerado menos seguro que sha1sum, que discutiremos mais tarde.
4. Comando dd
O comando dd significa ‘Converter e copiar um arquivo‘ e pode ser utilizado para converter e copiar um arquivo. Na maioria das vezes, ele é usado para copiar um arquivo ISO (ou qualquer outro arquivo) para um dispositivo USB (ou outro local), tornando-o adequado para criar um pendrive inicializável.
dd if=debian.iso of=/dev/sdb1 bs=512M; sync
Nota: No exemplo acima, o dispositivo USB deveria ser sdb1 (você deve verificá-lo usando o comando lsblk, caso contrário você irá sobrescrever seu disco e sistema operacional), use o nome do disco com muito cuidado!
O comando dd leva algum tempo que varia de alguns segundos a vários minutos para ser executado, dependendo do tamanho e tipo de arquivo e da velocidade de leitura e gravação do pendrive.
5. comando sem nome
O comando uname significa (Nome Unix) e imprime informações detalhadas sobre o nome da máquina, sistema operacional e versão do kernel.
uname -a
Linux TecMint 6.2.0-39-generic #40~22.04.1-Ubuntu SMP PREEMPT_DYNAMIC
Thu Nov 16 10:53:04 UTC 2 x86_64 x86_64 x86_64 GNU/Linux
O resultado do comando uname -a
é:
- “Linux“: O nome do kernel da máquina.
- “tecmint“: o nome do nó da máquina.
- “6.2.0-39-generic“: A versão do kernel.
- “22.04.1-Ubuntu SMP“: A versão de lançamento do sistema operacional.
- “x86_64“: A arquitetura do processador.
- “GNU/Linux“: O nome do sistema operacional.
6. Comando histórico
O comando history significa Registro de histórico (evento), ele imprime o histórico de uma longa lista de comandos executados no terminal.
history
Nota: Pressionar 'Ctrl + R'
permite que você pesquise comandos executados anteriormente, permitindo que seu comando seja concluído usando o recurso de preenchimento automático.
(reverse-i-search)`if': ifconfig
Para mais exemplos de comandos history, consulte nossa série de artigos:
7. Comando sudo
O comando “sudo” (superuser do) permite que um usuário autorizado execute um comando como superusuário ou outro usuário, conforme especificado pela política de segurança na lista de sudoers.
sudo apt update
Nota: sudo permite que os usuários obtenham privilégios de superusuário, enquanto um comando semelhante ‘su’ permite que os usuários façam login como superusuários. Sudo é mais seguro que su.
Não é aconselhável usar sudo ou su para o uso normal do dia-a-dia, pois pode resultar em erros graves se acidentalmente você fizer algo errado, por isso é muito ditado popular na comunidade Linux é:
“To err is human, but to really foul up everything, you need a root password.”
Para mais exemplos de comandos sudo, consulte nossa série de artigos:
8. Comando mkdir
O (make directory) cria um novo diretório com um caminho de nome. Porém, se o diretório já existir, retornará uma mensagem de erro “não é possível criar uma pasta, a pasta já existe”.
O comando mkdir (make directory) é usado para criar um novo diretório com um caminho especificado. No entanto, se o diretório já existir, ele retornará uma mensagem de erro informando: ‘não é possível criar uma pasta, a pasta já existe‘.
mkdir tecmint
Os diretórios só podem ser criados dentro de pastas para as quais o usuário tenha permissões de gravação.
9. toque em Comando
O comando touch significa ‘atualizar os tempos de acesso e modificação de cada ARQUIVO para a hora atual’. O comando ‘touch’ cria o arquivo somente se ele não existir. Se o arquivo já existir, ele atualizará o carimbo de data/hora, mas não o conteúdo do arquivo.
touch tecmintfile
O comando `touch` pode ser usado para criar um arquivo em um diretório para o qual o usuário tenha permissão por escrito, somente se o arquivo ainda não existir lá.
10. Comando chmod
O comando “chmod” significa “alterar bits de modo de arquivo”, que altera o modo de arquivo (permissões) de cada arquivo, pasta, script, etc., de acordo com o modo especificado.
Existem 3 tipos de permissão em um arquivo (pasta ou qualquer coisa, mas para simplificar, usaremos arquivo).
Read (r)=4
Write(w)=2
Execute(x)=1
Portanto, se você quiser dar permissão apenas de leitura em um arquivo, será atribuído um valor de '4', para permissão apenas de gravação, um valor de '2' e para somente permissão de execução, um valor de '1' deve ser fornecido. Para leitura e gravação, a permissão 4+2=‘6‘ deve ser concedida e assim por diante.
Agora, a permissão precisa ser definida para 3 tipos de usuários e grupos de usuários. O primeiro é o proprietário, depois o grupo de usuários e, finalmente, o mundo.
rwxr-x--x abc.sh
Aqui a permissão do root é rwx (ler, escrever e executar). o grupo de usuários ao qual pertence é r-x (somente ler e executar, sem permissão de gravação) e para o mundo é –x (apenas executar).
Para alterar sua permissão e fornecer permissão de leitura, gravação e execução ao proprietário, ao grupo e ao mundo.
chmod 777 abc.sh
apenas permissão de leitura e gravação para todos os três.
chmod 666 abc.sh
A leitura, gravação e execução para o proprietário e somente execução para o grupo e mundo.
chmod 711 abc.sh
chmod é um dos comandos mais importantes que se mostra benéfico tanto para administradores de sistema quanto para usuários. Em um ambiente multiusuário ou em um servidor, este comando é indispensável, pois a configuração incorreta de permissões pode tornar um arquivo inacessível ou conceder acesso não autorizado a indivíduos.
11. comando chown
O comando chown significa “alterar proprietário e grupo de arquivo“, que é usado para alterar o proprietário e/ou grupo de um arquivo ou diretório.
Abaixo está um exemplo de como o comando chown é normalmente usado.
chown newowner:newgroup filename
Por exemplo, se você quiser alterar o proprietário de um arquivo chamado “example.txt” para um usuário chamado “tecmint” e um grupo chamado “usuários<“, o comando seria:
chown tecmint:users example.txt
12. Comando apto
Em distribuições baseadas em Debian, como Ubuntu e Linux Mint, o comando apt significa (Advanced Package Tool), que é usado para instalar, atualizar e gerenciar pacotes de software em um sistema a partir da linha de comando.
sudo apt search wget
sudo apt install wget
sudo apt update
O comando apt é considerado mais avançado e inteligente em comparação com o comando yum ou dnf.
13. Comando tar
O comando tar é um Tape Archive que é útil na criação de um arquivo, em diversos formatos de arquivo e sua extração.
tar -zxvf abc.tar.gz (Remember 'z' for .tar.gz)
tar -jxvf abc.tar.bz2 (Remember 'j' for .tar.bz2)
tar -cvf archieve.tar.gz(.bz2) /path/to/folder/abc
Nota: ‘tar.gz‘ significa gzipado. ‘tar.bz2‘ é compactado com bzip, que usa um método de compactação melhor, porém mais lento.
14. Comando cal
O “cal” (Calendário), é utilizado para exibir o calendário do mês atual ou de qualquer outro mês de qualquer ano que esteja avançando ou passando.
cal
Mostre o calendário do ano 1835 para fevereiro, que já passou.
cal 02 1835
Mostra o calendário do ano 2145 para julho, que estará avançando
cal 07 2145
Observação: você não precisa voltar 50 anos no calendário, nem realizar cálculos matemáticos complexos para determinar o dia em que nasceu ou o dia em que seu próximo aniversário será.
15. Comando de data
O comando date é usado para exibir a data e hora atuais. Também pode ser usado para definir a data e hora do sistema.
Para exibir a data e hora atuais.
date
Para exibir a data atual no formato “AAAA-MM-DD“.
date +"%Y-%m-%d"
Para definir a data e hora do sistema.
sudo date MMDDhhmm[[CC]YY][.ss]
O comando acima permite definir a data e hora do sistema. Substitua MM, DD, hh, mm, CC, YY e ss pelos valores desejados para mês, dia, hora, minuto, século, ano e segundo, respectivamente.
Nota: O comando date é altamente útil em scripts, especialmente para operações baseadas em data e hora. Além disso, alterar a data e a hora usando o terminal pode fazer você se sentir um verdadeiro GEEK! (É claro que você precisa ter permissões de root para executar esta operação, pois ela envolve uma alteração em todo o sistema).
16. Comando gato
O comando cat significa (Concatenação), que significa (juntar) dois ou mais arquivos simples e/ou imprimir o conteúdo de um arquivo na saída padrão.
Para exibir o conteúdo de um arquivo.
cat filename
Concatenar vários arquivos significa que o comando a seguir concatena o conteúdo de arquivo1 e arquivo2 e exibe o resultado no terminal.
cat file1 file2
O conteúdo de a.txt, b.txt, c.txt e d.txt será combinado e anexado ao final do arquivo abcd.txt.
cat a.txt b.txt c.txt d.txt >> abcd.txt
gato abcd.txt
Observação: “>>
” e “>
” são chamados de símbolos de acréscimo. Eles são usados para anexar a saída a um arquivo e não à saída padrão.
O símbolo “>
” excluirá um arquivo que já existia e criará um novo arquivo, portanto, por razões de segurança, é aconselhável usar “>>
” que irá gravar a saída sem sobrescrevendo ou excluindo o arquivo.
Antes de prosseguir, devo informá-lo sobre os curingas (você deve estar ciente das entradas de curingas, na maioria dos programas de televisão). Os curingas são um recurso de shell que torna a linha de comando muito mais poderosa do que qualquer arquivo GUI gerente.
Veja bem, se quiser selecionar um grande grupo de arquivos em um gerenciador de arquivos gráfico, normalmente você terá que selecioná-los com o mouse. Isto pode parecer simples, mas em alguns casos pode ser muito frustrante.
Por exemplo, suponha que você tenha um diretório com uma enorme quantidade de todos os tipos de arquivos e subdiretórios, e decida mover todos os arquivos HTML, que possuem a palavra “Linux” em algum lugar no meio de sua pasta. nomes, daquele grande diretório para outro diretório.
Qual é uma maneira simples de fazer isso? Se o diretório contiver uma grande quantidade de arquivos HTML com nomes diferentes, sua tarefa será tudo menos simples!
Na linha de comando do Linux, essa tarefa é tão simples de executar quanto mover apenas um arquivo HTML, e é muito fácil por causa dos curingas do shell. Esses são caracteres especiais que permitem selecionar nomes de arquivos que correspondam a determinados padrões de caracteres.
Isso ajuda você a selecionar até mesmo um grande grupo de arquivos digitando apenas alguns caracteres e, na maioria dos casos, é mais fácil do que selecionar os arquivos com o mouse.
Aqui está uma lista dos curingas mais comumente usados:
Wildcard Matches
* zero or more characters
? exactly one character
[abcde] exactly one character listed
[a-e] exactly one character in the given range
[!abcde] any character that is not listed
[!a-e] any character that is not in the given range
{debian,linux} exactly one entire word in the options given
O !
não é chamado de símbolo, e o inverso da string anexada com '!'
é verdadeiro.
17. Comando cp
O comando cp significa (copiar), ele copia um arquivo de um local para outro.
cp /home/user/Downloads abc.tar.gz /home/user/Desktop
Nota: O cp é um dos comandos mais comumente usados em shell scripting e pode ser usado com caracteres curinga (descritos no bloco acima), para arquivo personalizado e desejado copiando.
18. Comando mv
O comando mv move um arquivo de um local para outro.
mv /home/user/Downloads abc.tar.gz /home/user/Desktop
Nota: O comando mv pode ser usado com caracteres curinga. mv deve ser usado com cautela, pois a movimentação de arquivos do sistema/não autorizados pode levar à segurança e também à falha do sistema.
19. Comando pwd
O comando pwd (imprimir diretório de trabalho) imprime o diretório de trabalho atual com o caminho completo do terminal.
pwd
/home/user/Desktop
Nota: O comando pwd não será usado com frequência em scripts, mas é um salva-vidas absoluto para um novato que se perde no terminal em sua conexão inicial com o Linux. (Linux é mais comumente referido como nux ou nix).
20. Comando cd
Finalmente, o comando cd frequentemente usado significa (alterar diretório), que altera o diretório de trabalho para executar, copiar, mover gravação, leitura, etc. do próprio terminal.
cd /home/user/Desktop
pwd
/home/user/Desktop
Nota: O comando cd vem em socorro ao alternar entre diretórios a partir do terminal. O "cd ~"
mudará o diretório de trabalho para o diretório inicial do usuário, o que é muito útil se um usuário se perder no terminal. O "cd .."
mudará o diretório de trabalho para o diretório pai do diretório de trabalho atual.
Conclusão
Esses comandos sem dúvida aumentarão seu conforto com o Linux. No entanto, esta não é a conclusão. Em breve, apresentarei comandos adicionais que serão valiosos para ‘usuários de nível médio‘. Você observará uma promoção em seu status de usuário, progredindo de iniciante para usuário de nível médio.
No próximo artigo, apresentarei comandos como ‘Kill’, ‘ps’ e ‘grep’.